Anda, Luísa.
Luísa, sobe.
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Passam magalas,rapaziada,
palpam-lhe as coxas
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu a sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa desarranjada;
coseu a roupa já remendada;
despiu-se à pressa, desinteressada;
caiu na cama de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
25 outubro, 2006
António Gedeão por Odete Santos
Responsável e tal: Contentor9 à(s) 12:18
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1 Comment:
Temos poeta!
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