04 abril, 2006

Nada sobre bolonha

"Se tirar mestrado de Bolonha poderei ser considerada um engenheira à bolonhesa?"
Andreia, Portalegre
Sim, mas evite ser comida por qualquer pessoa, tenha especial atenção a doenças sexualmente transmissiveis

"Fui comer um esparguete a um restaurante italiano, lá dizia, esparguete a bolonhesa. Será, que temos o mesmo grau académico?"
André, Lisboa
Depende da temperatura a que o esparguete foi cozido, se a temperatura for próxima da sua em graus sim, terá o mesmo grau.

"Tirei uma licenciatura de bolonha, estarei grávida?"
João Silva, Santarém
Não está provado cientificamente a relação entre licenciatura de bolonha e gravidez masculina. Tente resposta mais esclarecedora na revista Maria.

"Tenho um amigo que conheçe um primo que tem um tio que o sobrinho da mãe dele tirou licenciatura de bolonha. Será que a ingestão de Sonazol por via intra-venosa afecta a capacidade de conduzir maquinaria pesada?"
António Meireles, Zimbábue
Mas uma vez reforço a ideia que o processo de bolonha ainda se encontra em estudo nomeadamente a sua relação com ingestão de sonazol, estamos neste momento a aguardar resposta da NASA que está em marte a estudar estes mesmo efeitos.

1 Comment:

Anónimo said...

Cá vai um comentário, comentário esse que de certa ou qual maneira tenta reforçar a ideia aqui transmitida por este colega.
Bolonha, um nome pomposo para uma desgraça que se avizinha, toda a gente já conhecia a celebre massa, inclusivamente em Coimbra e como forma de protesto os nossos colegas da universidade de Coimbra, de acordo com o que ouvi no numa rádio, em forma de protesto serviram a par com o prato diário na cantina um prato de massa bolonhesa.
Aqui no Porto tudo parece estar calado e concordar, ou não, provavelmente só alguns é que estão a ser sujeitos a esta malfadada reforma.
O ensino português está em constante reforma, mas quem faz estas reformas, na sua maioria devia pensar em ir para a reforma, senão passo a explicar.
Centrando-nos em Bolonha, estou sujeito e levar com esta massa quer eu goste ou não, independentemente de termos um dos ensinos superiores reconhecidos em toda a Europa pela qualidade que temos, para dar um exemplo, estudantes de Erasmos, muitas vezes têm comentado que as matérias lá fora são dadas de uma forma superficial e muito simplificada em relação ao que temos cá. Se assim é e penso que não devem haver muitos docentes com dúvidas acerca disso porque motivo é que temos também de nos sujeitar a algo que duvido que interesse ao nosso País e ao futuro deste País que já está negro e com reformas destas a longo prazo estará certamente mais que negro. Se não bastasse isto, ninguém sabe nada de nada, quando se pergunta aos ditos “responsáveis”, em minha opinião muito irresponsáveis, nada sabem, e decidem coisas sem pensarem nas consequências, deveriam ser mensageiros do descontentamento generalizado dos alunos e docentes, mas não, o que interessa é aplicar as directivas do ministério da educação que cada vez mais “Deseduca” em vez de procurar educar e inovar.
Tenho pena de ver este País em que nasci e de que gosto muito a afundar-se mais e mais por culpa de uns idiotas, pessoas com muitas ideias é certo, mas que sinceramente são precisas boas ideias e não ideias que não me atrevo a classificar. Atendendo a tudo isto só vejo um motivo para a aplicação desta reforma, melhor dois, fazemos sempre tudo igual aos europeus no que está mal, para além disso dá jeito uma reforma destas porque na realidade vamos ter à partida menos custos com a educação, mas diziam eles que “a educação era uma paixão para o governo…”, assim como a saúde e muitas coisas que eles dizem e pior escrevem mas que nunca mas nunca são responsabilizados criminalmente pelos actos desastrosos na vida quotidiana e de longo prazo de uma sociedade.
Caros colegas isto é o Portugal que temos, cabe a todos nós procurar que isto não seja assim, somos pequenos à beira de grandes interesses, mas se nos juntarmos, várias vozes ecoam muito longe e podem para desgraça dos incompetentes provocar estragos na vidinha calma de muita gente.